Durante o mês de julho, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) promoveu uma série de simulados, em hospitais públicos de referência do estado, visando difundir a cultura da prevenção e autoproteção e também testar o plano de intervenção de incêndio das edificações hospitalares.

Criada em 2021, a Operação Rota de Emergência, além de despertar a atenção dos hospitais para a necessidade de se regularizarem e manterem o sistema preventivo em condições, demonstra a importância dos treinamentos no que diz respeito a orientação dos profissionais que trabalham no ambiente hospitalar e a padronização dos procedimentos para que todos sigam os mesmos passos em caso de emergência.

Embora tenha o mês de julho como o período de referência, a Operação inclui simulações durante todo o ano, o que auxilia na contínua melhora dos procedimentos, identifica falhas e situações que possam comprometer a execução das atividades de salvamento, além de testar os equipamentos de prevenção. Em 2023, já foram realizados mais de 50 simulados em todo o estado. A expectativa é que esse número aumente e que a força tarefa supere a marca de mais de 60 eventos de treinamento nos próximos meses.

Um dos maiores investimentos do CBMMG tem sido a prevenção, por meio da qual é possível identificar possíveis gargalos e situações que possam comprometer a execução das atividades de salvamento e o atendimento operacional em caso de real necessidade.

 

Operação Rota de Emergência no interior

Barbacena

O simulado da Operação Rota de Emergência foi realizado no Hospital Regional de Barbacena com o intuito de evitar incêndios em unidades de saúde e impedir episódios como o ocorrido no hospital Badim, no Rio de Janeiro.  “Trata-se de uma operação que busca cumprir o plano de prevenção de incêndio em hospitais, além de capacitar os profissionais para atuar nesses eventos, caso eles aconteçam e, assim, evitar perdas humanas”, como explica o tenente Paulo Henrique Dorneles.

A iniciativa permite preparação para uma resposta rápida e de qualidade em caso de sinistro neste tipo de ambiente. “O Corpo de Bombeiros busca minimizar os riscos de danos a pessoas e materiais, causados por uma propagação de incêndio fora de controle e, sobretudo, garantir que, em qualquer incidente, todos sejam removidos do hospital de forma segura e eficiente, considerando a estabilização de pacientes e a integridade física dos colaboradores”, explica o tenente Leonardo Inácio da Silva.

A atividade buscou ainda conscientizar os gestores hospitalares sobre a importância de planejar, executar e realizar a manutenção das instalações prediais e dos equipamentos destinados ao combate a incêndios, fortalecendo a preparação e a resposta a possíveis emergências.

Itaúna

A atividade simulou uma ocorrência de incêndio no Hospital Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Sousa Moreira, em que o foco principal ocorreu na cozinha e posteriormente todo o hospital foi atingido pela fumaça, necessitando ser evacuado.

Participaram da atividade a equipe de brigadistas, além de funcionários do Hospital, de modo que o público interno pudesse vivenciar o treinamento e se preparar para atuação em possíveis situações de incêndio e pânico. 

Na ocasião, foi avaliada a efetividade do plano de intervenção, que integra o processo de prevenção contra incêndio e pânico, alinhando-o com o plano de emergência já existente no hospital, para condução e realocação dos pacientes em caso de necessidade de sua retirada rápida.

Janaúba

O pelotão de bombeiros de Janaúba simulou um incêndio na área da central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), do Hospital Fundajan. A atividade iniciou quando foi identificado o início do incêndio, por um dos funcionários que, imediatamente, emitiu o sinal sonoro (apito), uma vez que o hospital não possui sistema de alarme de incêndio. Posteriormente, foi realizado o contato com o Corpo de Bombeiros, via 193

Ao ouvirem o sinal sonoro, os funcionários do hospital iniciaram a evacuação dos pacientes e seus respetivos acompanhantes, levando-os para um local seguro. Após a chegada da guarnição de bombeiros, foi realizada a montagem do estabelecimento e simulada as ações de combate.

Ao final da atividade, foi realizado o debriefing, momento este, em que foram apresentados os tempos de evacuação e montagem de estabelecimento da guarnição de socorro, levantado os pontos positivos e negativos do evento, com o intuito de preparar melhor os funcionários para situações de sinistro no hospital.

Montes Claros

Foi simulado um princípio de incêndio, no Hospital Aroldo Tourinho, onde houve a necessidade de atuação da brigada do hospital, composta por colaboradores que combateram o princípio de incêndio com o uso de extintores e sistema de hidrantes, além de realizar a evacuação de todos os pacientes, até um ponto seguro, para triagem e posterior cuidado médico.

O simulado é uma excelente oportunidade para treinamento da brigada de incêndio do hospital, que foi capacitada pelo Corpo de Bombeiros, além de testar sua capacidade de resposta para casos de ocorrências reais.  Durante o exercício simulado, foi utilizado  o Sistema de Comando em Operações (SCO), ferramenta gerencial para melhor coordenação e controle da ocorrência, sendo catalogado cada recurso utilizado, bem como a quantidade de vítimas e funcionários socorridos.
 
Para o presidente do Hospital AroldoTourinho, professor Paulo César Gonçalves de Almeida, “a simulação de incêndio e evacuação hospitalar representa um avanço significativo para a segurança hospitalar e a tranquilidade dos pacientes e funcionários”.

Salinas

O 9º Pelotão de Bombeiros Militar em Salinas, numa ação interagência com o Hospital Municipal Oswaldo Prediliano Santana, realizou um simulado de incêndio e evacuação de pacientes e funcionários no hospital.

A atividade simulou um incêndio na sala vermelha, local de recebimento de pacientes de urgência do nosocômio, com a atuação inicial de brigadistas, seguida pelo atendimento dos bombeiros militares. A equipe médica apoiou na evacuação das pessoas e realizou a triagem de acordo com o estado de cada paciente.

O simulado é uma excelente oportunidade para o hospital treinar a brigada de incêndio e testar sua capacidade de resposta para casos de ocorrências reais. Durante o exercício simulado, foi utilizado  o Sistema de Comando em Operações (SCO), ferramenta gerencial para melhor coordenação e controle da ocorrência.

Essa atividade contou com a colaboração dos demais órgãos que compõem a Base Integrada em Salinas como a Defesa Civil, o SAMU e a Guarda Municipal, valorizando e fomentando as ações conjuntas de salvamento no município de Salinas. E cada um desses órgãos que compõem a Defesa Civil Municipal se preparou e atuou ativamente das atividades interagindo, se capacitando e treinando para situações reais do cotidiano.