Minas Gerais tem sofrido com os constantes incêndios florestais que vem destruindo nossas matas e florestas em meio a altas temperaturas da primavera, e a atuação do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) tem sido estratégica e primordial para evitar os avanços e prejuízos.
O incêndio florestal que atinge o Parque Estadual do Itacolomi, desde a última sexta-feira (2), vem sendo combatido eficientemente por militares do Primeiro Batalhão de Bombeiros (1ºBBM), Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad) e Batalhão de Operações Aéreas (BOA). A ação coordenada das unidades do CBMMG também conta com o apoio da Brigada Previncêndio, Polícia Militar e brigadistas da Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (AMDA).
As ações no local buscam minimizar os impactos e dar resposta efetiva, por meio do emprego de todos os recursos disponíveis, incluindo o uso de aeronaves que sobrevooam o local e tentam, através do lançamento de água, combater os focos. Uma das novidades é o uso do avião de modelo Air Tractor, com capacidade para espargir três mil litros de água sobre a região em chamas.
O Sistema de Comando de Operações (SCO), por sua vez, é uma ferramenta de gestão de riscos e desastres, que articula todos os meios necessários para proporcioar o mehor atendimento e repasse das instruções, sempre traçando as melhores estratégias, com base em tecnologias que são referências em vários países, para orientar melhor as equipes em campo no Itacolomi.
Impacto para o Meio Ambiente
Com as queimadas, que na maioria das vezes são causadas pelo próprio homem, o ecossistema é muito prejudicado e a carbonização produzida pela fumaça é um dos resultados que afetam principalmente os animais que muitas vezes morrem de imediato ou sofrem ferimentos incapacitantes ou letais.
O Tenente-Coronel Winderson Moura, que também está à frente das ações do SCO, destacou que no momento a preocupação da instituição é dar pronta resposta ao atendimento e melhor emprego dos recursos humanos e logísticos para minimizar as perdas irreparáveis que a natureza sofre em decorrência dos incêndios, com o risco, inclusive, de extinção de espécimes de fauna e flora.
Vários riscos se apresentam nesse tipo de ocorrência, incluindo as queimadas em copas das árvores que, muitas vezes estão em locais de acesso restrito, dificultando a atuação dos militares.
Pelas características de desastre, como forma de melhor resposta a essa situação, um sistema de SCO foi instalado para o atendimento dessa missão no Parque do Itacolomi, que demanda gestão das equipes empenhadas.
Desafios
Um dos grandes desafios de quem está empenhado no combate as chamas é a exaustão provocada, não apenas pela própria atividade do combate que por si já é extenuante, mas também pelo forte calor que atinge o estado e as dificuldades geográficas que tornam o acesso terrestre quase impossível e demasiadamente arriscado.
Dezenas de pessoas atuam no combate às chamas entre militares e civis de diversos órgãos e voluntários. Por isso, a equipe do Staff da operação segue de prontidão cuidando não apenas da inteligência da missão, mas também da alimentação, hidratação e segurança dos militares e demais envolvidos no esforço.