Com o intuito de atuar de maneira preventiva frente às possibilidades de quaisquer incidentes relacionados a rompimento de barragens em Minas Gerais, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) vem se preparando para o enfrentamento de atendimentos dessa natureza.
Dessa forma, a instituição, em conjunto com a mineradora Vale, atuam desde setembro nas ações de planejamento de atendimentos necessários para minimizar impactos que possam ser advindos desse tipo de ocorrência.
Num somatório de esforços e trabalhos em conjunto, o comandante da Segunda Companhia do Primeiro Batalhão de Bombeiros, Capitão Toledo, juntamente com o Comandante do 1º Pelotão- Ouro Preto, Tenente Anderson, atuaram diretamente no planejamento, detalhamento e execução do simulado que ocorreu neste sábado (5), no distrito de Santa Rita Durão, no município de Mariana – MG.
O simulado consistiu em evacuação da população da área de inundação da Barragem de Xingú, Barragem de Campo Grande e Dique Permanente I, considerando o pior cenário possível com o rompimento em cadeia de todas as estruturas citadas anteriormente. Participaram do simulado de evacuação tanto a população residente na Zona de Alto Salvamento (ZAS), quanto os colaboradores da Vale que trabalham dentro das estruturas atingidas.
O exercício começou às 10h, com o acionamento do alerta sonoro emitido por 16 sirenes espalhadas ao longo do curso da mancha de inundação. A população dirigiu-se para um dos 14 pontos de encontro presentes na região, onde foram devidamente registradas e tiveram seu tempo de deslocamento medido. Desta forma, será possível a análise futura de dados relativos às rotas de fuga estabelecidas.
Nas semanas que antecederam ao simulado, foram realizadas reuniões entre o empreendedor, Corpo de Bombeiros Militar e demais órgãos do Sistema de Proteção e Defesa Civil no Município. Os militares participaram efetivamente da elaboração de sugestões para mitigação e preparação para o risco de rompimento de barragens, e, de forma a subsidiar as decisões de resposta em eventual incidente. A orientação dos militares foi decisiva na escolha do local para instalação do Posto de Comandando, na definição de rotas alternativas de acesso ao distrito afetado, no apontamento da necessidade de determinação da altimetria da mancha de inundação para melhor planejamento das ações de socorro, na solicitação de levantamento de pontos para possíveis pousos de oportunidade, dentre outras contribuições.
O Comandante do Primeiro Batalhão de Bombeiros, Tenente-Coronel Winderson, com a premissa de minimizar perdas humanas e materiais, fez todas as avaliações e desdobramentos necessários referentes ao plano de contingência, plano de ação e ações diretas de salvamento no caso de acidentes com rompimento de barragens.